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Um olhar psicanalítico pelas obras de Van Gogh e Pablo Picasso

  • alexandra machado
  • 28 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

A vontade de aventurar-se por terrenos inexplorados, aceitando descer até o fundo de experiências de prazer e dor, deram à sua figura um notável valor estético. Assim, o processo criativo de Van Gogh transita no horro e na beleza, na vida e na morte, na busca de identidade, mas não sem sofrimento. A arte para ele era sua linguagem e, além do seu caráter de mensagem, cumpria essencialmente a funçao de sua própria identificação.

Fazia da sua arte, Pablo Picasso o mesmo, notando-se tanto o comportamento estético, como a interpretação emocional vista nas obras de Van Gogh. Para Picasso, suas obras possibilitaram a expressão dos sentimentos e emoções de cada periodo de sua vida. Não é dificil notar que as mulheres em sua vida e a sua arte estão misturadas, mudando a direção artistica a cada surgimento de uma nova mulher.

Vê-se uma criação de signos que representam a realidade ao invés de descrevê-las, acabando assim com as normas tradicionais da beleza clássica pela barbarização da figura humana. Dentro dessas representações, a figura feminina era especial, podendo retratar as suas muheres e musas, de diferentes maneiras e de variadas formas.

Na psicanálise existe um conceito que nos leva a entender um pouco essa pulsão que é vista nas obras e vidas desses dois artistas, a saber, a sublimação, que é um dos caminhos que a pulsão pode tomar. Percorrendo assim, o lugar vazio do sujeito da enunciação, substituindo objeto e objetivos sexuais por objeto e objetivos não-sexuais, fendo laço social e funcionando como suplência para o não avasslamento do sujeito no combate com sua pulsão de morte dominante.

Para Freud, o conceito de sublimação pode ser visto seguindo dois pontos de vista que se complementam, sendo a expressão positiva mais elaborada e socializada da pulsão, ou é um meio de defesa capaz de temperar os excessos e extravassamentos da vida pulsional, sendo a sublimação a própria operação de troca, fazendo a pulsão não correr para a descarga, tendo ao seu cargo os interesses socialmente valorizados.

Podendo então concluir que as obras desses dois artistas são imagens e formas significantes traçadas à semelhança da imagem inconsciente do corpo, do eu inconsciente narcísico, criadas por sublimação, correspondem a ideais sociais elevados, isto é, subjetivamente internalizados sob a forma do ideal do eu.

Alexandra Machado


 
 
 

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